Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado - Lisbonne, Portugal.

 
Exposition intitulée «Carlos Relvas (1838-1894) - Vistas Inéditas de Portugal. A Fotografia nos Salões Europeus», présentée le 27 septembre 2018 au 24 février 2019, commissariats de : Victor FLORES, Ana David MENDES, Denis PELLERIN, Emília TAVARES.
Prêt de 5 originaux de Carlos Relvas.

Les cotes et légendes des originaux prêtés sont les suivants :
Carlos RELVAS :
  • "MONUMENT DE LA BATALHA ET LEIRIA. Hommage à la Société française de photographie. PORTUGAL 1868. Carlos Relvas, Phot. Amateur". Album, 42,6x52x1,6 cm. frSFP_0351im_ALB_0105
  • Porte d’église, circa 1868-1875. Tirage papier albuminé, image 35,7x26,6cm / montage 35,6x27 cm. frSFP_0351im_EP_0001
  • Mosteiro dos Jerónimos, 1869. Tirage papier albuminé, image 43,7x36,8cm / montage 49,5x40 cm. frSFP_0351im_EP_0005
  • "Épreuves stéréoscopiques, de Carlos Relvas, Amateur. PORTUGAL. N°21. Lisboa & Companhia", circa 1870. Boite, 9,2x18,4x2,9 cm. frSFP_0351im_OB_0021
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Présentation :

"Carlos Relvas é um dos fotógrafos amadores mais reconhecidos na história da fotografia portuguesa do século XIX. Esta exposição teve como ponto de partida um projeto de investigação (CICANT— Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias) dedicado ao estudo da fotografia estereoscópica de Carlos Relvas e à sua importância nos primeiros anos da atividade deste fotógrafo, entre 1862 e 1874.

Este é um dos períodos menos conhecidos da fotografia de Carlos Relvas. Para o seu estudo foi decisivo o cruzamento das imagens do arquivo da Casa-Estúdio Carlos Relvas com as coleções de cinco instituições e de vários particulares, revelando um conjunto considerável e inédito de provas originais em albumina. Este ambicioso levantamento permitiu a redescoberta de retratos e de vistas de Portugal que testemunham uma prática rigorosa de diferentes técnicas, géneros e formatos fotográficos, dando uma configuração mais ampla e dinâmica ao primeiro período da obra fotográfica de Carlos Relvas.
Organizada em dez núcleos principais, a exposição destaca a primeira presença de Carlos Relvas na exposição da Sociedade Promotora de Belas Artes em 1868 e a sua internacionalização com a participação nas exposições de alguns dos principais salões fotográficos europeus, como a reputada Société Française de Photographie, a Exposição Universal de Viena ou a Exposição Nacional de Madrid.
A partir do seu trabalho deste período é possível aprofundar algumas das questões fundamentais da fotografia portuguesa de oitocentos e revelar novas facetas da mesma. Como as relações de cumplicidade de Carlos Relvas com alguns dos mais importantes pintores deste período, permitindo delinear, pela primeira vez, a natureza do diálogo entre a fotografia e a pintura do século XIX português. Ou a predominância nos salões da fotografia patrimonial e de paisagem enquanto meio privilegiado de divulgação do país, através de uma prolífica produção que se centrará nalguns dos locais de eleição do Romantismo português e noutros que se tornam símbolos patrimoniais de identidade nacional.
A exposição consagra ainda um importante destaque ao exímio fotógrafo retratista através de uma análise da evolução desta tipologia no seu percurso, desde o primeiro estúdio ainda improvisado até à sofisticação técnica e arquitetónica do segundo, um dos raros estúdios de fotografia do século XIX construído de raiz, e ainda preservado na sua terra natal da Golegã.
A investigação de um autor e de uma época, uma vez mais com o apoio do MNAC-MC, na produção e divulgação de projetos inéditos para o conhecimento da história da fotografia em Portugal.
Victor Flores, Ana David Mendes, Denis Pellerin e Emília Tavares"